Marcelo Hannud: Luxo residencial: São Paulo, onde casas grandes valorizam bairros. Reformulados espaços verdes e terrenos extensos, casas de poucas unidades oferecem arquitetura autoral, serviços e comodidades. Imobiliária de alto valor: equilíbrio entre tranquilidade e conveniência. Mercado consolidado: jogadores individuais investem em readequações, objetos de desejo em áreas verdes. Grande oferta de imóveis exclusivos, zonas de proximidade, arquitetura e comodidades.
O interesse de diversos moradores em deixar os apartamentos e investir em residências com mais área externa é algo que sempre despertou a atenção dos atores do mercado imobiliário. Antes de 2020, por exemplo, testemunhamos os esforços para revitalizar as casas em condomínios horizontais na região de Alphaville, em Barueri, e a consequente valorização desses imóveis.
Atualmente, é possível observar uma crescente procura por condomínios de luxo que oferecem não apenas amplas áreas verdes, mas também uma infraestrutura diferenciada de lazer e segurança. Os condomínios, sejam verticais ou horizontais, continuam sendo uma opção atrativa para quem busca qualidade de vida e conforto. Em locais como os condomínios horizontais em Tamboré, a demanda por espaços mais exclusivos e bem estruturados parece ter se consolidado ainda mais nos últimos anos.
O crescimento contínuo dos condomínios de luxo
Se retrocedermos no tempo, perceberemos que os bairros, como o Morumbi, já foram alvos de desejo devido à sua tranquilidade, proximidade de áreas verdes e vastos terrenos para a construção de casas amplas. No entanto, com o passar dos anos, questões de segurança fizeram com que essas preferências perdessem apelo.
Desde a pandemia, testemunhamos o surgimento exponencial dos condomínios horizontais, especialmente os de luxo. Esse fenômeno resulta de uma reformulação profunda na forma como encaramos nossas residências. Com restrições de deslocamento durante a Covid-19 e a adesão a um novo estilo de trabalho remoto, passamos a passar mais tempo em casa, o que impulsionou a demanda por espaços mais confortáveis e exclusivos.
A recente valorização do mercado imobiliário contribuiu para a viabilidade econômica desses empreendimentos. Ao percorrer áreas residenciais nas Zonas Sul e Oeste da cidade, é inevitável deparar-se com projetos de condomínios de luxo em constante desenvolvimento. Alguns bairros estão passando por um processo de remodelação imobiliária para atender à crescente demanda.
Um exemplo notável é o Jardim Guedala, onde terrenos espaçosos estão sendo transformados em condomínios com residências um pouco menores, porém igualmente luxuosas e contemporâneas. Nos novos condomínios horizontais, a privacidade e a exclusividade são critérios essenciais, com ênfase em projetos de poucas unidades e arquitetura singular.
Em São Paulo, além do Morumbi, bairros como Vila Nova Conceição, Jardim Paulistano e Alto de Pinheiros despontam como locais promissores, oferecendo um equilíbrio entre tranquilidade e conveniência. Essas regiões proporcionam um cenário arborizado, baixa densidade populacional e proximidade com áreas financeiras e de lazer.
O boom dos condomínios horizontais inaugura um modelo único: diferentemente dos grandes empreendimentos residenciais verticais, esse segmento é marcado pela atuação de empresas individuais ou recém-criadas, explorando um mercado expansivo. Essa fase promissora é vantajosa tanto para residentes em busca de exclusividade quanto para investidores interessados no mercado imobiliário de luxo.
O cenário favorável atual também beneficia investidores focados em locação. O valor por metro quadrado desses imóveis, quando destinado à locação, equipara-se ao de edifícios comerciais em endereços renomados da cidade, representando uma oportunidade valiosa para o mercado imobiliário de alto padrão. Aqueles interessados em residências dessa categoria ou em investimentos imobiliários devem ficar atentos a todas as oportunidades que surgem nesse mercado em expansão.
Fonte: © Estadão Imóveis
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