Tânia Regina, após reportagem no Balanço Geral em 2021: agredida, casa atacada, desastroso resultado, consequências graves, distorções, legais, investigação, atitude nobre, heróica, grande audiência, sensacionalismo.
O registro do caso mostra que a Record terá que desembolsar R$ 20 mil como indenização para a atriz e escritora Tânia Regina, de 65 anos. A notícia veio à tona nesta terça-feira (7). O veredito foi dado devido às agressões sofridas por Tânia após a veiculação de uma reportagem no programa ‘Balanço Geral’, em 2021.
Essa decisão ressalta a importância de responsabilidade por parte da emissora ao veicular conteúdos sensíveis. O registro desses casos serve como alerta para a necessidade de cuidado ao divulgar informações, preservando a integridade não apenas daqueles que estão no foco da reportagem, mas também do público que consome esse meio de comunicação.
Registro de uma batalha legal e digna
O desembargador Alexandre Coelho não poupou críticas à emissora responsável por uma reportagem que resultou em desastrosas consequências para a atriz Tânia. Segundo Coelho, a matéria continha distorções e inverdades que acabaram por desencadear uma série de eventos prejudiciais. A casa da artista foi apedrejada, e ela foi alvo de ofensas nas ruas, incluindo o repugnante ato de ser cuspidas, em uma situação que chocou a todos.
A reportagem questionável, intitulada ‘Quem é a atriz de novelas que foi acusada de sequestrar menina após adotá-la?’, narrava a história de coragem de Tânia ao adotar uma criança nos anos 1980. Naquele tempo, a atriz tomou uma nobre e heróica atitude ao salvar a criança de maus-tratos, sendo um verdadeiro exemplo de amor materno.
A investigação minuciosa que se seguiu à adoção validou legalmente a atitude corajosa da atriz. Anos mais tarde, a busca pela família biológica da criança revelou-se um emocionante reencontro que cruzou fronteiras, ligando entes queridos separados por circunstâncias da vida.
Em meio a essa jornada emocionante, a emissora responsável pela reportagem foi acusada de sensacionalismo, visando apenas aumentar sua audiência a qualquer custo. O advogado de defesa de Tânia, Luiz Antunes, denunciou o abuso de poder da emissora e a manipulação dos fatos para causar escândalo, em detrimento da verdade e da reputação da atriz.
A decisão final do desembargador Coelho foi clara: a reportagem violou não apenas o código de ética do jornalismo, mas também a dignidade e honra da artista. Ao insinuar que Tânia havia agredido a criança adotada, a emissora cometeu um grave erro que exigia reparação.
A Record, por sua vez, defendeu-se alegando que a matéria enfatizava a nobre atitude de Tânia em adotar a menina, retratando-a como uma verdadeira heroína que salvou uma vida. No entanto, a controvérsia persiste, e a batalha legal continua, com a emissora tendo a possibilidade de recorrer da decisão.
Nesse embate entre a verdade e a distorção, a justiça almeja restaurar a integridade da atriz, que viu sua vida pessoal exposta de forma injusta e lesiva. Que este registro legal sirva como alerta contra o sensacionalismo irresponsável, protegendo a dignidade daqueles que, como Tânia, agem com bondade e coragem em meio às adversidades.
Fonte: @ Hugo Gloss
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